Sistemas Informáticos

Os Sistemas Informáticos como suporte aos Sistemas de Informação, são uma tecnologia em evolução permanente, que trazendo benefícios para as organizações, trazem também impactos variados e custos de variada natureza a merecerem que sejam equacionados, o seu estudo e a sua subordinação ao âmbito e aos princípios fundamentais da gestão. É aliás conveniente notar que do ponto de vista do gestor não existem nas organizações projectos Informáticos a implementar, ou tecnologias de Informação a introduzir, existem sim projectos de negócios que envolvem tecnologia.

São os Franceses que em 1962 através de Philippe Dreyfus criam a palavra Informática. Ou melhor, INFORMATIQUE, isto é a associação entre Information e Automatique. Daqui resulta a noção de que Informática é o tratamento Automático de Informação. Em 1966 são ainda os Franceses através da Academia Francesa das Ciências que definem a informática como sendo a "Ciência do tratamento racional, nomeadamente por máquinas automáticas, da informação considerada como suporte do conhecimento e da comunicação nos domínios técnicos, económico e social" (Oliveira 1994). A terminologia evoluiu e fala-se agora sobretudo em Tecnologias da Informação entendida como uma evolução dos conceitos das Ciências da Computação que atravessam hoje todos os domínios da actividade humana destacando-se quatro grandes áreas de utilização e desenvolvimento:

 

·         Burótica;

·         Telemática;

·         Robótica;

·         Demótica.

 

Esta tecnologia ("ciência" descritiva de uma determinada técnica) não visa o domínio da natureza como as de mais, mas como afirma Vattino "A construção do mundo como uma imagem".

Naturalmente os Sistemas de Informação existem muito antes dos Sistemas Informáticos e estes são hoje um subconjunto daqueles. A primeira fase de introdução dos Sistemas Informáticos nas empresas já foi completada (Hammer 1993). Caracterizou-se, esta fase, pela automação de rotinas específicas de trabalho, mas que não alteraram fundamentalmente os processos. Espera-se agora uma segunda fase, mais inovadora e onde os Sistemas e Tecnologias de Informação sejam flexíveis e apoiem mais fortemente o processo de decisão. Mas também que não estejam apenas voltadas para o interior da organização e perspectivem a articulação destas com o mundo exterior, não só clientes e fornecedores, mas também e selectivamente variáveis do ambiente envolvente, para que lhe acrescente por esta via, capacidade competitiva.

O registo de factos ou eventos ocorridos numa qualquer organização, isto é os dados, são a matéria-prima que alimenta o Sistema de Processamento/Tratamento de Dados. O seu processamento após uma fase prévia de validação e controlo gera a Informação. Esta sendo de qualidade empresta em diferentes níveis, rigor ao sistema de tomada de decisão, esbatendo graus de incerteza. A Informação resultante/produzida pode naturalmente retro-alimentar o sistema de processamento de dados.

Assim e na opinião avalizada de Henry Lucas (Lucas 1987), "sistema de informação é um conjunto organizado de procedimentos, que, quando executados, produzem informação para apoio à tomada de decisão e ao controlo das organizações".

Neste enquadramento damos enfoque ao entendimento de que uma organização, em particular uma empresa "é constituída por dois subsistemas fundamentais; o subsistema de controlo e o subsistema de acção" (Zorrinho 1991), sendo a informação o elo de comunicação entre os subsistemas e o factor de equilíbrio para a organização. Donde poderemos concluir que a performance da organização, ou se preferir a qualidade de gestão, depende ou correlaciona-se com a qualidade da informação, ou ainda de uma forma mais lata, com a qualidade do seu sistema de informação.

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Melissa Marques nº351208125